quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Capítulo II


- Eu... Eu não acredito! Por que o trouxe até aqui?! E por que estamos numa pista de Rush?! - Rush era uma corrida, onde era escolhido o melhor corredor, aquele que possuía o carro mais potente e, claro, aquele que dirige melhor. Além de corrida, era como se fosse um ''serviço de entrega para mafiosos'', o mafioso escolhia um corredor e assim, o corredor recebia o que quer que seja, as coordenadas e tem que entregar para ganha uma quantia grande de dinheiro, mas tem gente que corre por diversão e outros para ganhar dinheiro com as entregas. Eu era boa nas corridas e era a melhor no Rush de Hokkaido, mas eu entrava na corrida para ganhar o dinheiro, já que não tinha futuro, aquilo era meu sustento.

- Só trouxe o que você tinha esquecido, oras. E nada melhor do que aproveitá-lo no seu devido lugar, não é?

- Eu não vou voltar a essa vida. Não vou mais trabalhar para você, não quero mais me envolver com Rush ou com você.

- Ai,ai larga de ser rebelde, Shu-chan. - Eu voei em seu pescoço, mas ele segurou minhas mãos.

- NUNCA MAIS ME CHAME ASSIM, OUVIU BEM? - Soltei meus braços e entrei na multidão para poder sair dali. Consegui ouvir sua risada de longe, o que me deixou com muita raiva. Se ele não fosse melhor que eu na luta, eu acabaria com ele. - Idiota...

- Está chamando quem de idiota, Nowaki? - Sorri no instante em que ouvi essa voz. Virei-me rapidamente e dei de cara com aqueles lindos olhos castanhos logo atrás de mim.

- Shikamaru! - Pulei em seus braços. Como era bom vê-lo. Nara Shikamaru, meu melhor amigo, meu irmão, meu tudo! - O que você está fazendo aqui?

- Vim ver o Rush, oras. Parece que o Kyoya está procurando um novo entregador... - Ele me apertou forte. 
- Desculpe, tinha que ter te avisado que vinha, mas Hibari não me deixou.

- Como assim ele não deixou? O que ele anda fazendo por lá?! O que aconteceu com a minha irmã? E com o pessoal? - Eu me soltei dele e ele abaixou a cabeça. - Me responda Shikamaru!

- Ele fez o que eu mandei Shu-chan. - Kyoya vinha andando devagar em nossa direção.

- O que você fez?! - O encarei e minhas mãos se fecharam de ódio.

- Nada, só que eu fiz todos trabalharem na minha mansão, mas todos estão bem, principalmente a sua irmã. Ela está tão bem, que nem precisa usar roupas em casa, não é maravilhoso?

- O QUE?! - Voei para cima dele novamente, mas ele me parou com um soco no estômago, o que me faria cair no chão se eu não estivesse com tanto ódio. Cambaleei um pouco, mas logo fiquei de pé e voltei a encará-lo. – Por que fez isso?! Eles não te fizeram nada!

- Essa é a única maneira de te fazer prestar atenção em mim. Eu só te quero de volta, tanto como entregadora e como noiva. – Ele chegou mais perto e segurou meu rosto com as duas mãos. – Se fizer o que te peço, ninguém sai ferido e todos podem sair da minha mansão.

- Seu lixo, nojento! Você deveria morrer, seu merda. – Ele sorriu.

- Não faz assim, Shu-chan. Lembre-se que se não me obedecer, coisas ruins podem acontecer com seus amigos, assim como o seu grande amigo Shikamaru. – Ele me virou e o Shikamaru estava branco de medo.

- Não... Por favor... Hibari-sama... – Senti Kyoya colocando a mão no bolso e pegando uma caixinha com um botão. – Por favor... – E ele apertou o botão e então só consegui ver Shikamaru se contorcendo de dor e gritando.

- AAAAAAAAAH NÃÃÃÃO! AAAAAH.

- Pare, Kyoya! – Comecei a chorar, fui tocar em Shikamaru, mas levei um choque. – Pare, por favor!

- Com quem você está falando? Como você pede alguma coisa para o seu noivo?

- Não... Shura... Eu aguento... – Ele começou a tossi sangue.

- Pare, por favor.... – Hesitei por um instante - Kyo-chan... – Senti minha garganta queimar. Kyoya apertou novamente o botão e Shikamaru caiu em meus braços, com a respiração ofegante. – Shika! Shika! – Abracei-o forte e beijei sua testa. – Por favor Shika, resista! – Ele então, tossiu e eu o soltei um pouco, olhei em seu rosto e ele abriu um sorriso e logo depois desmaiou. – Shika!

- Relaxa, ele só desmaiou. Rob, leve-o para o carro. – Rob puxou Shikamaru de mim e o pegou no colo. – Agora a senhorita... – Kyoya me levantou pelo braço. - ... Entre naquele carro e ganhe a corrida. – Ele beijou minha testa e seguimos até o meu carro. – Não fique brava, se você ficar assim, não vai ganhar a corrida. – Ele segurou meus cabelos da nuca e fez nossos rostos ficarem muito próximos. – Fazia tanto tempo que não segurava em seus cabelos azuis.

- Você não é o mesmo de antes, você... mudou totalmente, seus olhos mostram isso.

- Não, não. O Kyo-chan no qual você se apaixonou ainda é o mesmo, só amadureceu um pouco após dois meses sem você. – Assim, ele me puxou e nos beijamos. Fechei minha boca, não ia permitir que sua língua entrasse em contato com a minha. Vendo que eu não ia ceder, ele cessou o beijo. – Pois bem, a corrida já vai começar, se arrume e vá para a pista. – Ele me soltou e foi andando calmamente até seu carro. Entrei no Nowaki e beijei o volante. Querendo ou não, ainda sentia sua falta.

- Olá, Nowaki. – Deixando meu carro de lado, tinha que prestar atenção na corrida, não poderia perder de forma alguma, não poderia deixar nada de mal acontecer com o pessoal. – Droga! Como fui ser tão idiota e sair de lá? Eu tinha que ter protegido eles! Mas... mas... – Olhei pela janela e vi Kyoya conversando com umas pessoas. – Ele não era assim. Eu não me apaixonei por um monstro. – Voltei a olhar para o volante. – Só me resta... – Ouvi alguém batendo no vidro e o abaixei.

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