- Eu... Eu
não acredito! Por que o trouxe até aqui?! E por que estamos numa pista de
Rush?! - Rush era uma corrida, onde era escolhido o melhor corredor, aquele que
possuía o carro mais potente e, claro, aquele que dirige melhor. Além de
corrida, era como se fosse um ''serviço de entrega para mafiosos'', o mafioso
escolhia um corredor e assim, o corredor recebia o que quer que seja, as
coordenadas e tem que entregar para ganha uma quantia grande de dinheiro, mas tem
gente que corre por diversão e outros para ganhar dinheiro com as entregas. Eu era
boa nas corridas e era a melhor no Rush de Hokkaido, mas eu entrava na corrida
para ganhar o dinheiro, já que não tinha futuro, aquilo era meu sustento.
- Só trouxe
o que você tinha esquecido, oras. E nada melhor do que aproveitá-lo no seu
devido lugar, não é?
- Eu não vou
voltar a essa vida. Não vou mais trabalhar para você, não quero mais me
envolver com Rush ou com você.
- Ai,ai
larga de ser rebelde, Shu-chan. - Eu voei em seu pescoço, mas ele segurou
minhas mãos.
- NUNCA MAIS
ME CHAME ASSIM, OUVIU BEM? - Soltei meus braços e entrei na multidão para poder
sair dali. Consegui ouvir sua risada de longe, o que me deixou com muita raiva.
Se ele não fosse melhor que eu na luta, eu acabaria com ele. - Idiota...
- Está
chamando quem de idiota, Nowaki? - Sorri no instante em que ouvi essa voz. Virei-me
rapidamente e dei de cara com aqueles lindos olhos castanhos logo atrás de mim.
- Shikamaru!
- Pulei em seus braços. Como era bom vê-lo. Nara Shikamaru, meu melhor amigo,
meu irmão, meu tudo! - O que você está fazendo aqui?
- Vim ver o
Rush, oras. Parece que o Kyoya está procurando um novo entregador... - Ele me
apertou forte.
- Desculpe, tinha que ter te avisado que vinha, mas Hibari não
me deixou.
- Como assim
ele não deixou? O que ele anda fazendo por lá?! O que aconteceu com a minha
irmã? E com o pessoal? - Eu me soltei dele e ele abaixou a cabeça. - Me
responda Shikamaru!
- Ele fez o
que eu mandei Shu-chan. - Kyoya vinha andando devagar em nossa direção.
- O que você
fez?! - O encarei e minhas mãos se fecharam de ódio.
- Nada, só
que eu fiz todos trabalharem na minha mansão, mas todos estão bem, principalmente
a sua irmã. Ela está tão bem, que nem precisa usar roupas em casa, não é
maravilhoso?
- O QUE?! -
Voei para cima dele novamente, mas ele me parou com um soco no estômago, o que
me faria cair no chão se eu não estivesse com tanto ódio. Cambaleei um pouco,
mas logo fiquei de pé e voltei a encará-lo. – Por que fez isso?! Eles não te
fizeram nada!
- Essa é a
única maneira de te fazer prestar atenção em mim. Eu só te quero de volta,
tanto como entregadora e como noiva. – Ele chegou mais perto e segurou meu
rosto com as duas mãos. – Se fizer o que te peço, ninguém sai ferido e todos
podem sair da minha mansão.
- Seu lixo,
nojento! Você deveria morrer, seu merda. – Ele sorriu.
- Não faz
assim, Shu-chan. Lembre-se que se não me obedecer, coisas ruins podem acontecer
com seus amigos, assim como o seu grande amigo Shikamaru. – Ele me virou e o
Shikamaru estava branco de medo.
- Não... Por
favor... Hibari-sama... – Senti Kyoya colocando a mão no bolso e pegando uma
caixinha com um botão. – Por favor... – E ele apertou o botão e então só
consegui ver Shikamaru se contorcendo de dor e gritando.
- AAAAAAAAAH
NÃÃÃÃO! AAAAAH.
- Pare,
Kyoya! – Comecei a chorar, fui tocar em Shikamaru, mas levei um choque. – Pare,
por favor!
- Com quem
você está falando? Como você pede alguma coisa para o seu noivo?
- Não...
Shura... Eu aguento... – Ele começou a tossi sangue.
- Pare, por
favor.... – Hesitei por um instante - Kyo-chan... – Senti minha garganta
queimar. Kyoya apertou novamente o botão e Shikamaru caiu em meus braços, com a
respiração ofegante. – Shika! Shika! – Abracei-o forte e beijei sua testa. –
Por favor Shika, resista! – Ele então, tossiu e eu o soltei um pouco, olhei em
seu rosto e ele abriu um sorriso e logo depois desmaiou. – Shika!
- Relaxa,
ele só desmaiou. Rob, leve-o para o carro. – Rob puxou Shikamaru de mim e o
pegou no colo. – Agora a senhorita... – Kyoya me levantou pelo braço. - ...
Entre naquele carro e ganhe a corrida. – Ele beijou minha testa e seguimos até
o meu carro. – Não fique brava, se você ficar assim, não vai ganhar a corrida.
– Ele segurou meus cabelos da nuca e fez nossos rostos ficarem muito próximos.
– Fazia tanto tempo que não segurava em seus cabelos azuis.
- Você não é
o mesmo de antes, você... mudou totalmente, seus olhos mostram isso.
- Não, não.
O Kyo-chan no qual você se apaixonou ainda é o mesmo, só amadureceu um pouco
após dois meses sem você. – Assim, ele me puxou e nos beijamos. Fechei minha
boca, não ia permitir que sua língua entrasse em contato com a minha. Vendo que
eu não ia ceder, ele cessou o beijo. – Pois bem, a corrida já vai começar, se
arrume e vá para a pista. – Ele me soltou e foi andando calmamente até seu
carro. Entrei no Nowaki e beijei o volante. Querendo ou não, ainda sentia sua
falta.
- Olá,
Nowaki. – Deixando meu carro de lado, tinha que prestar atenção na corrida, não
poderia perder de forma alguma, não poderia deixar nada de mal acontecer com o
pessoal. – Droga! Como fui ser tão idiota e sair de lá? Eu tinha que ter
protegido eles! Mas... mas... – Olhei pela janela e vi Kyoya conversando com
umas pessoas. – Ele não era assim. Eu não me apaixonei por um monstro. – Voltei
a olhar para o volante. – Só me resta... – Ouvi alguém batendo no vidro e o
abaixei.
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