Acordei no
dia seguinte com uma forte dor de cabeça. Conferi o relógio, já se passavam das
10 horas, eu estava atrasada! Levantei-me correndo e segui para o chuveiro,
tomei um banho rápido, vesti-me rapidamente, peguei minha mochila, desci e vi
uma caneca com leite quente na mesa com um bilhete da Hinata: ‘’Shura-chan, fui
para o trabalho. Tenha um bom dia.’’ Tomei meu leite rapidamente, peguei um
remédio para dor de cabeça, tomei-o e saí de casa.
- Se eu não
tivesse bebido, teria meu Nowaki aqui e poderia chegar mais rápido. – Peguei
minha bicicleta e fui com tudo para meu trabalho. – Droga, depois do trabalho
tenho que encontrar o Kyoya! – Falei sozinha enquanto pedalava. Em vinte
minutos cheguei à lanchonete, coloquei minha bicicleta na parte de trás e
entrei correndo e, por sorte minha, dei de cara com o meu chefe. – Bom dia
chefe... – Mostrei meu melhor sorriso e ele deu um sorriso sarcástico.
- Sabe que
horas são senhorita? Você atrasou não só dez minutos, mas sim trinta minutos!
Quer tanto assim ser demitida?! - Tenho o melhor chefe do mundo, como podem
ver. O meu chefe, Xanxus, era alto, moreno e tinha cicatrizes no rosto, que,
quando ele ficava irritado, as cicatrizes aumentavam (é o que dizem né. Nunca o
vi assim e espero nunca ver!). Ele sempre mantinha essa cara séria e ria só da
desgraça dos outros.
- Desculpe
chefe. Isso não vai mais acontecer.
- Acho bom,
agora vá trabalhar. – Assim, ele foi para a sua sala e eu segui para o banheiro,
coloquei meu uniforme, guardei minha mochila em meu armário e fui para o caixa.
- Bom dia,
Shura. – Yamamoto Takeshi, um dos ‘’meus amigos novos’’ do trabalho. Um garoto
alto, moreno, bonito e muito gentil. Ele abriu um sorriso e apenas retribui o
mesmo. Logo veio um outro ‘’ amigo novo’’, Gokudera Hayato, um garoto com
cabelos cinzas, olhos verdes e um gênio. Ele poderia arrumar um trabalho
decente, não sei porque ainda está aqui. Acho que é só pelo seu perfil rebelde.
Ele apenas deu uma piscadinha e foi atender uma mesa.
O trabalho
foi bem cansativo, ainda mais quando se está de ressaca. Enfim terminou e eu
fui me trocar. No banheiro, bati um papo com a nossa cozinheira, Fujioka
Haruhi, um doce de mulher! Ela tinha os cabelos curtinhos, grandes olhos castanhos
e um sorriso maravilhoso. Ela é delicada e simples e também muito inteligente,
outra que não entendo o porquê de trabalhar aqui.
- Haru-chan,
por que você não se tornou advogada, já que era seu sonho? – Perguntei enquanto
colocava minha blusa.
- Eu já sou
uma advogada, mas não consegui entrar em nenhum lugar para exercer minha
profissão, então, às vezes pego uns casos de pessoas próximas, então se
precisar de uma advogada conte comigo! Hahaha – Ele abriu um sorriso, mas deu
para sentir que ela não estava feliz com isso.
- Pode
deixar! Espero que consiga um emprego melhor, você não merece ficar nessa
cozinha e aturando um chefe desses! – Ela agora soltou uma risadinha e um
sorriso melhor. Enfim terminamos de nos trocar e saímos. Ela seguiu andando e eu
peguei minha bicicleta, agora teria que encontrar o Kyoya. Olhei mais uma vez
para o endereço do papel e fui pedalando lentamente. Passei pelo colégio
Namimori e vi que Yamamoto já estava treinando beisebol, logo adiante estava
umas meninas do colégio o espiando. Passei pelo colégio e depois de alguns
minutos cheguei ao prédio de Kyoya, que não podia ser mais luxuoso. Prendi
minha bicicleta num poste do outro lado da rua e atravessei.
Falei com o
porteiro e ele me deixou subir, entrei no elevador e fui até a cobertura. O
elevador dava de cara com uma única porta, que possuía um segurança, ele apenas
abriu a porta sem nem dizer nada. Entrei e Kyoya estava somente de box apoiado
na porta de vidro que dava para a grande piscina e uma hidromassagem.
- Você
poderia ao menos se vestir né. – Não consegui tirar os olhos de seu peito nu.
- Mas você
gosta do que vê, não é mesmo? – Ele veio andando em minha direção e eu fui
dando passou para trás até encostar na porta e ele apoiar os braços na mesma, e
eu ficando sem saída.
- Errm...
Você pode me passar logo a entrega? Tenho que fazer muita coisa ainda. – Eu
evitava totalmente seus olhares. ‘’Droga, ele me faz tão mal, ele é um monstro,
mas ainda não resisto a ele. Shura, sua anta!’’.
- Ah,
entrega, claro. – Ele tirou os braços e foi até a mesa do centro. – É uma
entrega bem especial. – Ele pegou uma caixinha vermelha e veio até mim.
- Para quem
é a entrega? – Peguei a caixinha, que era muito leve por sinal. Imaginei que
seria algum colar ou algumas notas bem dobradas.
- Para
Nowaki Shura.
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